
Viagem iniciada em Leixões com dezenas de “brasileiros” a bordo, desembarcados do paquete Antony para passarem o Natal junto das suas famílias. Ao passar no “Caes das Pedras”, junto à “praia dos insurretos”, o elétrico e os atrelados descarrilaram numa curva apertada e caíram ao rio Douro. Faleceram 14 pessoas. Ainda assim alguns populares não hesitaram em mergulhar na esperança de salvar vidas.
Os prejuízos resultantes para a então Companhia Carris de Ferro do Porto agravaram a situação difícil que já se vivia em virtude da instabilidade política da 1ª República. Já tinham ocorrido duas paralisações e um acidente com uma máquina a vapor que vitimara um motorista nesse ano.
O conselho de administração da CCFP refere-se no relatório de 1911 ao acidente como “triste acontecimento” que “occorreu no Caes das Pedras enchendo o Porto e o Paiz de lucto e de dôr pelas desgraças pessoaes que occasionou.”
Na madrugada do dia seguinte o carro foi retirado do rio.
Hoje o Museu do Carro Eléctrico possui na sua coleção o carro elétrico 163. Um veículo que foi recuperado nas Oficinas Gerais e devolvido à sua traça original.

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